A partir da pré-seleção de faixas variadas realizada pela iniciativa da dupla ribeirão-pretana de DJs Artigo 016 (@artigo016), com o apoio do coletivo Nação Rebolation 69 (@nacaorebolation69), surgem ramificações a partir de uma mesma fonte: a famosa música sobre a novinha do Parque União, região de Belford Roxo, no Rio de Janeiro. A acapella, cantada pelo carioca Mc GW, representa o eixo que originou exatas trinta e nove faixas. Da piada fez-se o ofício: assim nasce o álbum PacuriãoCore, um projeto que uniu jovens DJs e produtores musicais de regiões distintas do Brasil em celebração da arte e cultura marginalizada. Aos DJs e produtores independentes, o álbum representa a multiplicidade de criações a partir da mesma referência. Aproveito para chamar a atenção ao adjetivo "jovens" utilizado no parágrafo anterior, pois este é um álbum musical desenvolvido por produtores gen Z, ou seja, pessoas nascidas a partir de 1996. Tal fato é o gancho inicial para reflexão que quero propor neste texto. Outros representantes dessa geração, como Caio Prince (@djcaioprince), Chediak (@chediak.club), Kenan e Kel DJs (@kenanekeldjs), Maffalda (@maffalda), DJ Ramemes (@djramemes), Shavozo (@shavozooficial), entre muitos outros, vivem um momento de ascensão que transcende o perfil do SoundCloud para virais do TikTok, EuroTours e assinaturas de músicas de artistas pop. O que todos têm em comum é impacto da democratização das tecnologias de produção musical, intensificada a partir da segunda metade dos anos 2000.

(texto por: Leticia M Assis. Ler completo)

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